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03/10/2010

Islamismo X Clonagem


       O Sheik Abdoune, presidente da Assembléia Mundial da Juventude Islâmica da América Latina (WAMY), afirma que o Islã incentiva todo e qualquer avanço científico que venha a beneficiar o homem, mas que a clonagem é totalmente contrária aos princípios islâmicos e à dignidade do indivíduo. Com relação à clonagem humana, Sheik Abdoune afirma que a hereditariedade não é respeitada, pois, o indivíduo clonado é desprovido de pai e mãe.
       Assim como a questão do parentesco, outro ponto em comum com a crítica católica é o dos conflitos de identidade que podem fazer parte da vida de um indivíduo clonado. "Não se leva em conta as dificuldades que esta criatura terá no futuro, pois é fatal que seja questionada pelos seus pares sobre a forma excêntrica pela qual veio ao mundo. Isto com certeza trará problemas psicológicos e poderá inserir na sociedade pessoas sem o menor senso de família, a base de uma sociedade sadia", afirma o sheik, que ainda questiona a responsabilidade da sociedade para com os frutos das experiências da clonagem, possíveis seres humanos defeituosos, física, moral e mentalmente.
       Acerca da clonagem humana, o Sheik Abdoune conclui que criar uma máquina para auxiliar na manutenção da vida de uma criatura é algo incentivado pelo Islã, mas imbuir-se da pretensão de dar vida à esta máquina, dotá-la de alma e consciência deve ser totalmente rejeitado por qualquer criatura com um mínimo de senso ético.
       O islamismo também condena a clonagem terapêutica. Para o Islã, "o ser humano é merecedor de respeito. Os seres humanos não são criados por partes e não podem ser alvo de experiências. Toda criatura é obra de Deus, o qual instala almas nos corpos, não por pedaços, mas por inteiro. Não se pode aproveitar determinadas partes de um ser vivo e jogar no lixo outras tantas. Isso é assassinato, é desrespeito com o próximo, é uma violação do direito básico à vida", argumenta Sheik Abdoune. Neste aspecto, a religião islâmica aceita e incentiva a doação de órgãos, após a morte do indivíduo, desde que haja permissão do doador e da família e que a doação não ocorra por comércio. Segundo o Sheik, a doação de órgãos é mais eficiente do que as experiências de laboratório.

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